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Há anos uso uma palavrinha composta por duas letras. Que no final das contas não faz sentido algum (ou faz?). Mas mesmo assim a uso constantemente. Hoje na sala de aula prestei atenção numa coisa que nunca havia reparado antes: no "NÉ".

Caso não saiba (vai saber agora) essa palavra é uma das mais utilizadas no Brasil, segundos dados do IBGE. O "Né" é uma palavra que vem sendo falada e escrita desde épocas seculares.

Utilizam-se mais o NÉ do que frauda descartável em bebê. É mais comum se usar o né que gente sendo contaminada por doenças na África. Não sou "viciado" em bebidas alcoólicas, mas sou no NÉ. Não uso drogas, mas uso uma droga de palavra que vicia bem mais fácil: o NÉ.

O que seriamos sem o NÉ? Já imaginou como seria estranho conviver sem falar essa palavrinha? Uma espécie de interrogação prolongada. Só para aumentar a frase sendo que a intenção não será modificada. Seria complicado terminar uma frase sem usar o NÉ (pelo menos pra mim), NÉ? Tipo:

- Tu vais pra festa, NÉ?
- Vou sim viado. E as meninas vão, NÉ?
- Lógico gay. Não iríamos sem elas, NÉ!!

Essa palavra é tão importante quanto a cerveja (há exceções), ou seja, é quase impossível viver sem. Somos tão dependentes dela, quanto dependente dos EUA.

Seria mais fácil conviver sem pessoas a ficar sem o "NÉ". NÉ? Já me adaptei com essa palavra que no final da frase não quer dizer porra nenhuma.

A palavra NÉ é cultura. Os sábios a utilizam no seu dia-a-dia. Nossos amigos também, tal como nosso inimigos. Estamos ligados no mesmo ritmo formal. Compreendendo e sendo compreendido com a mesma intensidade. E é isso aí. Viva ao NÉ.


Texto chato,


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