NEGATIVIDADE POÉTICA

Odeio gente fútil, materialista, banal
Odeio seres sem senso de humor
Odeio políticos como o Lalau
Odeio gente sem amor

Odeio pessoas lerdas
Odeio quem me incomoda
Odeio chato que da palestra
Odeio os que pedem esmolas

Não gosto de verdura
Não como macarrão
Não sou da frescura
Não tenho carrão

Não falo baixo
Não sou medíocre
Não toco contrabaixo
Não suporto a idiotice

Nem vou mais para a escola
Nem tenho mais que farriar
Nem faço mais cola
Nem mato aula para me ferrar

Nem discuto mais
Nem namoro
Nem sou capataz
Nem enrolo


FAZER ALGO

Quero distancia de gente rancorosa
Ostenta na terra sem gratidão
Que vive nesse mundo sem dar uma rosa
Para os que sempre receberam: Não

Isso me intriga de tal modo
Que tudo fica vazio
Quero que alguém me diga logo
O que eu faço nesse Brasil

Ninguém quer ajudar
Só espera o presidente
Os que pensam em se da
Não ficam ausentes

O mundo é caótico demais
Olhe para traz e veja
O que te impressiona: nada mais
Só há tristeza

Somos obrigados a agir
Já ficamos muito tempo parado
Temos logo que impedir
Antes que o mundo fique acabado